Minha Vida Sem Mim

Sabe quando te indicam um filme, você coloca na lista de favoritos, e lá ele passa anos e anos, até que um dia sem nada de bom passando na tv, você resolve assisti-lo? E sabe quando você se arrepende amargamente de ter demorado tanto pra assisti-lo? Então, foi isso que aconteceu comigo e com o filme “Minha Vida Sem Mim”.

Sinopse: Tendo apenas 23 anos, Ann (Sarah Polley) é mãe de duas garotinhas, Penny (Jessica Amlee) e Patsy (Kenya Jo Kennedy), e é casada com Don (Scott Speedman), que constrói piscinas. Ela trabalha todas as noites na limpeza de uma universidade, onde nunca terá condições de estudar, e mora com sua família em um trailer, que fica no quintal da casa da sua mãe (Deborah Harry). Ann mantém uma distância obrigatória do pai, pois ele há dez anos está na prisão. Após passar mal, Ann descobre que tem câncer nos ovários. A doença alcançou o estômago e logo estará chegando no fígado, assim ela terá no máximo três meses de vida. Sem contar a ninguém seu problema e dizendo que está com anemia, Ann faz uma lista de tudo que sempre quis realizar, mas nunca teve tempo ou oportunidade. Ela começa uma trajetória em busca de seus sonhos, desejos e fantasias, mas imaginando como será a vida sem ela. (FILMOW)

Filme feito em uma parceria canadense e espanhola, dirigido pela diretora Isabel Coixet, e que teve estreia no ano de 2003, My Life Without Me (Minha Vida Sem Mim, no Brasil), é um longa que ao tratar sobre a fragilidade da vida, encanta e emociona o espectador.

A personagem principal é Ann, alguém que teve seus sonhos mudados em decorrência das coisas da vida. Mas acontece uma reviravolta quando ela se descobre com pouco tempo de vida. Dessa foma, ela  decide sair e viver um pouco antes de partir. E assim ela vai, se apaixona por outro, mesmo tendo um marido, se diverte, sorri, convida amigos pra jantar, visita o pai na prisão. Coisas que ela sempre quis fazer, mas se viu presa a uma condição que a vida a impôs.

Os personagens são encantadores, acho que criei uma simpatia por cada um. O marido amoroso, os filhos alegres, a vizinha simpática, a amiga paranoica, a mãe solitária. Cada um com seu estilo de ser me tocou profundamente. Acho que o elenco escolhido também contribuiu pra isso. Por exemplo, temos Mark Ruffalo (sim, o Hulk) em uma atuação linda.

Um filme com trechos extremamente poéticos e que nos faz pensar na vida e em tudo que nela vale a pena. Nos colocamos no lugar da personagem e nos perguntamos: o que eu faria se tivesse tão pouco tempo de vida?

É um filme sensível que toca o espectador profundamente. E eu indico pra qualquer um que queria ver algo belo e refletir um pouco sobre o significado da vida.