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Festival Varilux: Camille Claudel, 1915

Do dia 1 a 16 de maio, ocorreu em 40 cidade do Brasil, o querido Festival Varilux de Cinema Francês. Na minha cidade, Maringá, foram exibidos 15 filmes do 10 a 16 de maio. Infelizmente não pude (por motivos de: falta de grana) assistir todos, mas consegui assistir alguns, e no meio deles um me…

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Do dia 1 a 16 de maio, ocorreu em 40 cidade do Brasil, o querido Festival Varilux de Cinema Francês. Na minha cidade, Maringá, foram exibidos 15 filmes do 10 a 16 de maio. Infelizmente não pude (por motivos de: falta de grana) assistir todos, mas consegui assistir alguns, e no meio deles um me marcou. Camille Claudel, 1915. Um filme do diretor Bruno Dumont, e que conta sobre os anos difíceis da vida da escultora Camille Claudel.
“O filme é baseado na história verídica da escultora Camille Claudel, que foi levada em um hospício através de seu irmão, passando seus últimos trinta anos sem nunca mais poder seguir a sua arte novamente.”

O filme não mostra seus anos de sucesso, nem como ela foi parar ali, e apenas dá uma nota de como sua vida acabou. Ele dá destaque apenas para os seus primeiros (agoniantes) anos no hospício. Como ela se recusa a fazer arte, sua  paranoia. E Juliette Binoche em sua atuação, consegue demonstrar tudo de forma impecável. Ela cativa e emociona, e com cada olhar nos revelar o que se passa no fundo de sua alma.

As tomadas longas que o diretor usa no decorrer do filme, nos ajudam a refletir ainda mais sobre tudo o que está ocorrendo. E as cenas em que o irmão de Camille, Paul, aparece nos faz pensar em como ele está tão, ou mais, louco do que ela.
Bem no estilo do livro O Nome da Rosa, onde as primeiras 100 páginas servem para você entrar no ritmo de onde a estória se passa, em “Camille Claudel, 1915” os primeiros longos minutos estão aí com o mesmo propósito. Confesso que é difícil resistir a esses primeiros minutos, prova disso é que vi diversas pessoas saindo da sala de cinema no meio do filme, e outras dormindo. Porém, passado o momento de adaptação, o filme se torna agoniante, pois esse tempo faz com que você entre de vez no manicômio onde ela se encontra, conseguindo assim entender tudo que ela está vivendo ali. O tédio, a irritação, o cansaço, a tristeza, a esperança. O final rasgou meu peito e perfurou minha alma. Até agora, dias depois de assistir o filme, ainda não consegui me livrar da angustia, é como se naquela 1h34 de filme, eu tivesse sentido o gosto do que ela viveu em seus últimos 30 anos de “vida” dentro daquele lugar. E isso dói.
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