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Wetherby e a Solidão

O filme Wetherby (Sombras do Passado, no Brasil) do diretor David Hare e ganhador do Urso de Ouro de 1985, traduz bem o desespero vivido por essa sociedade solitária que vive em busca de “calor humano”.  Sinopse: Jovem misterioso participa de jantar oferecido por professora e, no dia seguinte, volta à casa dela e se…

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O filme Wetherby (Sombras do Passado, no Brasil) do diretor David Hare e ganhador do Urso de Ouro de 1985, traduz bem o desespero vivido por essa sociedade solitária que vive em busca de “calor humano”. 
Sinopse: Jovem misterioso participa de jantar oferecido por professora e, no dia seguinte, volta à casa dela e se suicida. A polícia é chamada para investigar e descobrir a razão desse ato. (Filmow)
Wetherby é um filme não muito famoso, o que não faz jus a sua importância. Foi difícil encontrá-lo pra assistir, mas no fim valeu a pena toda a procura. Um filme que acompanha a vida e os motivos que tornaram solitários os dois personagens principais. O tempo e a ordem cronológica se misturam, dessa forma, tornando a narrativa do filme ainda mais interessante.
O jovem destaque do filme, John Morgan, interpretado por Tim McInnerny, cria um laço instantâneo com uma senhora, Jean Travers, interpretada por Vanessa Redgrave. Ele vê nela a solidão que existe nele. Dessa forma, o filme mostra que quando se encontra alguém que parece viver a mesma situação que você, automaticamente laços são feitos, pois o pensamento “não estou sozinho nessa” surge. 
Em um trecho do longa, John arromba a porta de uma colega de faculdade, e quando ela o vê, ele se defende argumentando que “eu só quero algum sentimento, algum contato”. Uma cena que mostra o desespero em que ele se encontrava, o desespero em que a sociedade inteira vive. Desespero que o levou John, um caso extremo de solidão, a tirar a própria vida, a desistir de continuar tentando encontrar a razão de tudo.
No fim do filme, mais uma impactante referência é feita. Uma menina foge da escola e seus colegas dizem que foi porque ela não encontrou o propósito da escola. Jean Travers diz que também não vê, mas quem decide ficar, vive buscando o sentido. É uma clara metáfora da vida. A vida às vezes não faz sentido, toda a falta de contato, de coisas verdadeiras, as vezes causa vontade de desistir. Tem pessoas que por não encontrarem o propósito, decidem fugir, como foi o caso de John. Já outras, escolhem ficar, como o caso de Jean, e pra ela, já que decidiu ficar, só basta viver buscando a razão. 
No final um brinde “A todas as fugidas” é feito. Afinal, quem nunca pensou em fugir dessa vida? Seja momentaneamente, seja definitivamente.


Um filme que eu altamente recomendo pra quem quer entender um pouco mais sobre a solidão.

12 respostas para “Wetherby e a Solidão”

  1. Avatar de Camila Faria

    Que interessante Amanda, eu gosto dessa temática da solidão. Vou procurar o filme por aqui!

  2. Avatar de Giovanna Dieguez

    Nunca tinha ouvido falar sobre esse filme, achei bem bacana.

    Beijos,
    http://www.destemidagarota.com

  3. Avatar de Gabi

    Parece ser muito bom!
    bjos

  4. Avatar de Carol Daixum

    Não conhecia esse filme ainda. Solidão às vezes assusta, mas às vezes até que eu curto a minha solidão. Claro, deve ser totalmente diferente da solidão dos personagens. Enfim, dica anotada. 😉

    Beijocas,
    Carol
    http://www.pequenajornalista.com.br

  5. Avatar de Lucas Anthony

    Muito interessante mesmo, gosto de filmes mais antigos, dão mais realidade. Ja estou te seguindo…

    cultcuriosidades.blogspot.com.br/

  6. Avatar de Amanda L.T.

    Sim, assusta todos nós.
    🙂

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