Ando pensando muito sobre o peso que as coisas exercem na nossa existência e isso me fez lembrar do minimalismo. Não sei se você já ouviu falar sobre minimalismo, mas imagino que sim. Ele é uma tendência que vem em alta contrastando diretamente com o consumismo exacerbado.
O minimalismo vai além do só vestir preto e branco, ele como filosofia de vida traz muitas reflexões. A palavra minimalismo nasceu no século XIX e dizia respeito a tendências artísticas e científicas que usavam o mínimo essencial como forma de expressão. Isso, mínimo essencial, sem firulas, extras, ou afins, só o suficiente para ser entendido e dado o significado.
Sendo assim, falar sobre minimalismo é falar sobre levar uma vida de poucas, mas úteis, coisas. É lembrar do livro de Marie Kondo e reparar profundamente em cada coisa ao seu redor.
Eu to vivendo apenas com uma mochila que não pesa mais de 10kg. Lembro que quando considerei a ideia pela primeira vez eu tive medo. Sempre fui desapegada com algumas coisas, fazia constantes limpezas no guarda-roupa, na estante de livros, mas escolher poucas peça e viver meses só com elas me pareciam um desafio e tanto. Afinal, como saber o que é essencial?
Essencial vai além da definição da palavra, que seria fundamental, básico, primordial. Não é apenas ter uma roupa pra vestir e outra pra lavar, ingerir nutrientes só por necessidade do corpo, isso seria o essencial pra sobreviver, algo que vemos no livro “Na Natureza Selvagem“. Mas não era isso que eu procurava, o meu essencial para viver era bem mais complexo.
Basicamente eu precisava saber profundamente o que preciso pra ser feliz, ou seja, as roupas que me fazem sentir bem, os objetos que eu valorizo na vida, as experiências que valem o investimento, tudo o que mais soma do que pesa ao ser levado nas costas, dentro de uma mochila.
Então eu fiz, arrumei e botei em prática tudo que achava que sabia de mim e do que me importava. Antes desse momento eu vivia sobrecarregando minhas costas com outras coisas, coisas que me impediam drasticamente de caminhar. A parcela que me impedia de abandonar o emprego que eu não gostava mais, as roupas desconfortáveis que eu usava porque já tinha comprado mesmo, a compra do novo celular que me impedia de fazer aquela viagem.
E sabe o que me dói? Ver isso sendo tão comum, ver que é uma escolha que muitos fazem sem pensar sobre, afinal, aquela parece a realidade mais plausível. Não que eu seja a senhora razão, mas quando a gente para pra reparar fica estampado como as pessoas cada vez mais escolhem ter em vez de ser.
Quando eu fiz a mochila, percebi que quanto mais coisas temos, mais elas nos travam. Percebi que a gente tem que escolher atentamente cada um dos itens que levaremos nas costas, porque durante a caminhada eles farão toda a diferença.
E você, já parou para reparar nos itens que você escolheu levar na sua mochila?
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Beijos,
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