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Amour

Dói. Essa palavra resume bem tudo isso.  Amour é um filme de 2012, francês, do diretor Michael Haneke, que conta com atuações incríveis de  Emmanuelle Riva, nos seus já 85 anos, e Jean-Louis Trintignant, com seus 81. Foi indicado ao Oscar, mas injustamente não o levou. Li um comentário onde falava que era preciso ter…

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Dói.
Essa palavra resume bem tudo isso. 
Amour é um filme de 2012, francês, do diretor Michael Haneke, que conta com atuações incríveis de  Emmanuelle Riva, nos seus já 85 anos, e Jean-Louis Trintignant, com seus 81. Foi indicado ao Oscar, mas injustamente não o levou.
Li um comentário onde falava que era preciso ter maturidade emocional pra assistir esse filme, porque do que contrário você o terminaria devastado. Acabo de perceber que eu não a tenho, porque mesmo depois de algum tempo, ainda dói me lembrar do filme.

Sinopse: Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal de aposentados, que costumava dar aulas de música. Eles têm uma filha musicista que vive com a família em um país estrangeiro. Certo dia, Anne sofre um derrame e fica com um lado do corpo paralisado. O casal de idosos passa por graves obstáculos, que colocarão o seu amor em teste.

O filme contém uma sensibilidade enorme, e no mesmo esquema de Camille Claudel, ele te dá o ritmo da história, o ritmo do que é envelhecer. Tudo acontece devagar, e no seu tempo.
Retrata bem como o “Até que a morte nos separe” se passa na prática, como o amor duradouro é difícil, e como tem que ser forte pra lidar com determinadas situações.
As atuações foram impecáveis, e Emmanuelle Riva simplesmente merecia receber todos os Oscar do mundo. Ela transmite tantas coisas com apenas um olhar. Seu desenvolvimento no decorrer do filme é incrível. Ela conseguiu me tocar de uma forma única.
O silêncio como trilha sonora também tem um papel incrível, assim como o cenário. É um filme forte, angustiante, que te faz refletir sobre tudo. O jeito com que ele começa, sua primeira cena, já choca de cara, e no decorrer do filme tudo só piora. Só sei que chorei a segunda metade do filme inteiro, e tenho vontade de chorar agora só de lembrar. O final em aberto também é magnífico. É esse conjunto de coisas que faz desse filme, uma verdadeira obra de arte. Ele é o amor no seu sentido mais verdadeiro.
“- C’est beau
– Quoi?
– La vie.” 

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=bOAvhM7HAnk&w=560&h=315]

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