“Então, esta é minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso ser assim.”
Eu estive pensando seriamente se faria esse post me dedicando a falar sobre o livro, ou sobre o filme. Mas aí cheguei a conclusão de que ao comentar um, estarei falando do outro, porque ambos são extremamente próximos. Sim, nunca vi uma adaptação de um livro tão bem feita como As Vantagens de Ser Invisível.
Primeiro eu entrei em contato com o filme, e depois de algum tempo finalmente li o livro, e quando o terminei… Ah, eu me senti Infinito!
É engraçado que normalmente quando você acaba de ler um livro, você se pega mergulhado em pensamentos sobre o mesmo. Porém dessa vez foi diferente, eu me peguei pensando em mim mesma. É como se o livro fosse parte da minha vida, e Charlie fosse um amigo próximo, que com sua história, me faz pensar sobre a minha.
Talvez seja o jeito com que o livro foi escrito, por meio de cartas endereçadas a um “Querido Amigo”, que poderia ser qualquer um, eu ou você. Ou talvez seja a linguagem que é simples e muito pessoal. Pode até ser pelas coisas passadas por Charlie, que se aproximam muito da realidade de um adolescente. Uma realidade deveras confusa, recheada de descobertas sobre o amor, a sexualidade, a verdadeira amizade, a vida, o universo e tudo mais (haha).
No decorrer da história ele confronta seu passado, e tem que enfrentas situações difíceis como a perda de seu melhor amigo, descobertas sobre sua tia favorita, e por aí vai. É evidente o amadurecimento que ele sofre com todas essas experiências, e é interessante que mesmo com tudo isso, ele se mantém fiel a si mesmo. Ele é doce, sincero, e até mesmo ingênuo. Não tem como não sentir um carinho imenso pelo Charlie.
Além do Charlie, os outros personagens são tão bem incríveis e bem construídos quanto o mesmo. Me apeguei a Sam, a Patrick, levei pra minha vida os conselhos de Bill. No filme não foi diferente, nele os atores certos foram escolhidos. Ninguém seria um melhor Charlie do que Logan Lerman, ninguém seria melhor Sam do que Emma Watson, e ninguém seria melhor Patrick do que Ezra Miller.
“Ela não estava amarga. Mas estava triste. Era uma espécie de tristeza esperançosa. O tipo de tristeza que passa com o tempo.”
Simplesmente não tem como não se identificar com Charlie, ele é como eu e você. Ama ler, escuta boa música, se sente triste sem razão. “Tem alguma coisa errada comigo. E eu não sei o que é.”
Acho que poderia escrever páginas e mais páginas sobre essa história, porém nada conseguiria traduzir tudo que senti ao ler esse livro.
Eu coloco Asleep pra tocar, e um aperto no coração já surge. Me lembro do Charlie, e como foi bom o conhecer. Só queria que todos o conhecessem também. Acho que As Vantagens de ser Invisível deveria se tornar o livro de cabeceira de todo adolescente, de todo mundo, na verdade. Parece que agora tudo que eu leio não é assim tão bom.
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“Já se sentiu muito mal, depois tudo passar e você não saber por quê? Eu tento me lembrar, quando me sinto ótimo como agora, que haverá outra semana terrível algum dia, então procuro guardar o maior número de detalhes que posso, e assim, na próxima semana terrível, vou poder lembrar esses detalhes e acreditar que vou me sentir bem novamente. Não funciona muito, mas acho muito importante tentar.”
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