Elena simplesmente deixou de existir. E a diretora transformou isso em algo poético.
Poético no sentido de comover e emocionar. Poético no sentido de deixar uma herança artística. Petra, a diretora, era irmã de Elena. Uma jovem que sonhava em ser atriz assim como sua mãe, e simplesmente quando jovem, foi para Nova York. Mas a a solidão, a depressão e inúmeros outros problemas tornaram a vida inviável para Elena, e ela acabou decidindo acabar com sua existência.
Mas ela deixou como legado para o mundo inúmeros registros de seu pequeno percurso por esse mundo. Sua irmã mais nova com alma poética e ainda marcada por essa perda resolveu fazer Elena viver novamente em seus 82 minutos de obra.
Para isso, Petra vai para Nova York e compilada todas essas pistas de uma existência, filmes caseiros, recortes de jornal, um diário, cartas. Tudo é tão intenso que faz Petra sentir que vê Elena, se sentir Elena.
Com todos esses pedaços de Elena, Petra constrói uma obra completa. E o que antes parecia sem um ponto final, ganhasse finalmente uma conclusão.
A diretora não fez a obra se afastando, ela colocou sua alma e ideia nela. Vemos Elena pelos olhos de Petra, mesmo que ela não estivesse lá no momento do registro.
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