Autor: J. D. Salinger
Ano: 1965
Gênero: Romance Psicológico
Sinopse: À espera no centeio (O Apanhador no Campo de Centeio na edição brasileira) narra um fim-de-semana na vida de Holden Caulfield, jovem de 16 anos vindo de uma família abastada de Nova York. Holden, estudante de um reputado internato para rapazes, volta para casa mais cedo no inverno depois de ter recebido más notas em quase todas as matérias e ter sido expulso. No regresso a casa, decide fazer um périplo adiando assim o confronto com a família. Holden vai refletindo sobre a sua curta vida, repassa sua peculiar visão de mundo e tenta definir alguma diretriz para seu futuro. Antes de enfrentar os pais, procura algumas pessoas importantes para si (um professor, uma antiga namorada, a sua irmãzinha) e tenta explicar-lhes a confusão que passa pela sua cabeça. Foi este livro que criou a cultura-jovem, pois na época em que foi escrito, a adolescência era apenas considerada uma passagem entre a juventude e a fase adulta, que não tinha importância. Mas esse livro mostrou o valor da adolescência, mostrando como os adolescentes pensam.
Minha Opinião: Li sobre esse livro em algum lugar, criei expectativas; um autor que eu gosto recomendou esse livro, mais um pouco de expectativas; li resenhas maravilhosas, expectativas outra vez; ganhei o livro, super expectativas; comecei a ler.. Expectativas alcançadas.
O motivo pelo qual não me decepcionei com o livro, que muitas pessoas dizem ser uma história fraca, foi porque não criei expectativas sobre a história em si, e sim sobre o que o autor queria passar com esse livro.
O que acontece é que você é transportado para dentro do mundo do garoto de 16 pra 17 anos, Holden Caulfield. Ele é um adolescente como a maioria, fala gírias, reclama de barriga cheia, não vê sentido nas coisas, é inconformado com a hipocrisia humana, se sente solitário… É claro que ele consegue levar tudo isso ao extremo, mas todo adolescente tem um pouquinho de Holden em si.
O livro fala sobre alguns dias na vida dele, desde que ele é descobre que foi expulso do colégio (mais uma vez), e foge, até quando ele finalmente vai pra casa, depois de ficar zanzando pelas ruas de NY, e passando por uns maus bocados. O bom do livro, é que ele não conta apenas o que está acontecendo naquele momento, o livro é cheio de devaneios sobre o passado, o que no final nos faz ver que o Holden não é assim tão ruim, mas pelo contrário, é um adolescente que não queria crescer. Praticamente a maioria das suas reclamações e questionamentos já passaram pela cabeça de todo mundo, e tem fundamento, e que ele precisa apenas ser ouvido. Confesso que terminei o livro um pouco deprimida, se identificar com algumas coisas desse jeito, tocam lá no fundo. Mas nada que tirasse o mérito do livro.
Antes de ler eu achei que tinha alguma coisa haver com coisas do campo, um livro rural, por causa do título. Me surpreendi quando vi que não tinha nada a haver. E o motivo do título, pelo menos pra mim, foi incrível. Porém prefiro deixa você descobrir sozinho..
“Bom mesmo é o livro que quando a gente acaba de ler fica querendo ser um grande amigo do autor, para se poder telefonar para ele toda vez que tiver vontade.” No meu caso, fiquei com vontade de virar uma grande amiga do Holden, poder sentar e trocar uma ideia. No duro. Então se quiser mergulhar no mundo de um adolescente em conflito com o mundo, eu recomendo esse livro! Nota 10. No duro.
Deixe um comentário