Marina Abramovic é umas das mais incríveis artistas vivas. Muitas de suas performances impressionam e tocam profundamente, mas foi uma delas, uma realizada juntamente como Ulay Laysiepen, seu ex companheiro, que me trouxe até aqui. O nome dessa performance é Death Self e foi realizada em 1977.
“This performance consisted of the two artists seated in front of each other, connected at the mouth. They took in each other’s breaths until all of their available oxygen had been used up. The performance lasted only 17 minutes, resulting in both artists collapsing unconscious to the floor, having filled their lungs with carbon dioxide. This personal piece explored the idea of an individual’s ability to absorb the life of another person, exchanging and destroying it.”
O que essa performance representa me deixa pasma. Algo tão presente na vida e que na arte ganha forma poética: a grande capacidade que um ser possui de tomar a vida do outrem, o consumir de tal forma, consumir sua personalidade, espaço na vida, e assim diminuí-lo tanto, até que ele não mais exista.
Todo esse significado me impressionou muito, e ainda agora, depois de vários meses que conheci essa performance, ela sempre retorna a minha mente. Death Self é um triste e belo retrato de mais um lado lamentável do ser humano.
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=rWixdA2xTSs]
Marina Abramovic & Ulay Laysiepen
Death Self, 1977
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