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Medianeras

Aquele filme que quando começa, você não quer que acabe. “Todos os prédios, todos mesmo, têm um lado inútil. Não serve para nada, não dá nem para frente, nem para o fundo, a “medianera”, superfícies que nos dividem e que lembram a passagem do tempo, a poluição e a sujeira da cidade. As “medianeras” mostram…

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Aquele filme que quando começa, você não quer que acabe.
Todos os prédios, todos mesmo, têm um lado inútil. Não serve para nada, não dá nem para frente, nem para o fundo, a “medianera”, superfícies que nos dividem e que lembram a passagem do tempo, a poluição e a sujeira da cidade. As “medianeras” mostram nosso lado mais miserável, refletem a inconstância, as rachaduras, as soluções provisórias… É a sujeira que escondemos debaixo do tapete.
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual, é um filme de 2011, argentino, dirigido por Gustavo Taretto. É lindo, simples, profundo, verdadeiro, tocante. É um filme certeiro.
Sinopse: Martin (Javier Drolas) e Mariana (Pilar López de Ayala) vivem na mesma rua, em edifícios opostos, mas eles nunca se conheceram. Eles andam pelos mesmos lugares mas nunca notaram um ao outro. Quais são as chances deles se conhecerem em uma cidade de três milhões de habitantes? O que os separa, irá uni-los.
Apesar dessa sinopse do filmow, Medianeras não é só um filminho de romance, ele vai bem além disso. Ele mostra como a nossa vida mudou com a Era Digital, como coisas que foram feitas para nos aproximar, acabam nos afastando. “Tantos quilômetros de cabos servem para nos unir ou para nos manter afastados, cada um no seu lugar?“.

É impossível não se identificar com os personagens. Eles são comuns. Martin é um cara que foi abandonado pela namorada, que foi fazer uma viagem e nunca mais voltou. Ele passou 2 anos sem sair de seu prédio. Trabalha fazendo sites, “há mais de 10 anos sentei em frente ao computador… E tenho a sensação de que nunca mais levantei”. Sua vida acontece nas redes sociais.  Mariana, é arquiteta por formação e vitrinista por profissão. Terminou um relacionamento de 4 anos, porque do nada olhou para seu namorado e viu nele um estranho. Tem medo de elevador, e de sair da sua zona de conforto.

Os dois vivem se esbarrando por aí. E tem muitas coisas em comum, bem mais do que poderiam imaginar. São solitários, sem se dar conta disso. “Então me pergunto: se, mesmo sabendo quem eu procuro, não consigo encontrar, como vou encontrar quem eu procuro se nem sei como é?“. Tudo é tão perto, mas ao mesmo tempo tão distante. Tudo é tão distantes, mas ao mesmo tempo tão perto.”A angústia de saber que sou alguém perdido entre milhões.”
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=CxQHrBrYCiU]
A fotografia do longa faz sua parte ao ressaltar Buenos Aires como uma cidade fria, desorganizada, solitária. O roteiro é uma obra prima a parte. A trilha sonora chega e faz todas as sensações se intensificarem. Os atores também dão conta do recado, se expressando de forma sutil e verdadeira. Esse filme nos faz refletir sobre a vida que achamos viver. É simplesmente um tapa na cara da humanidade.

O longa e suas frases ainda não saíram da minha cabeça. Vi e revi. Indiquei.
Medianeras é uma metáfora da vida. E ao final, uma única palavra não sai da minha mente. Vazio. Tudo é tão vazio.
A internet me aproximou do mundo, mas me distanciou da vida.”

Torrent+legenda (filmes torrent)

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=yVUQx99jzHQ]

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Amanda Telò

Oi! Sou maringaense vivendo em Liverpool, tenho 27 anos e sou formada e Comunicação e Multimeios. Além dos títulos, também amo escrever, ler, viajar e passar boas horas vendo reality show de relacionamento na Netflix, com uma boa taça de vinho branco.

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